quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A droga de vício


A um toxicodependente


Ruela perdida no fim do teu mundo , passas pálido,abatido e mudo.

Sonhas que és estrela e vives entre elas , és alguém enfim.

Fazes do teu mundo o centro da vida , julgas-te feliz .

Mas as folhas caem e o sol se vai , entardece assim.

Tu ficas parado , calado , sentado , a lutares pra quê ?

Constróis um castelo de fumo de sonhos , sentes-te diferente ... Ausente.

Os teus anseios no fundo , não são mais que fruto daquilo que praticas nesse raio de mundo.


Aqui estás, perdido sem nada saber sentado num banco , a pensar no que fazer .

Um cigarro é teu fiel companheiro enquanto numa mão seguras o isqueiro .

Nos dedos tens ainda as marcas dos anéis que vendeste por necessidade nas horas mais cruéis . Já não cantas nem ris vives num mundo só teu não te encontro feliz que se passa contigo , meu ? Começaste por brincadeira quiseste , por curiosidade , experimentar mas agora teu vício é cegueira já não o consegues parar .

Ela é como um cigarro é fermento de loucura não satisfaz , mas ao deixar viciado difícilmente tem cura !



Elaborado por: Cristina Santos

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