Trago comigo o navio
Com que passeio no rio
Entre as margens que encontrar
Saberás qaunto me diz
Ondulação que me quis
À beira do verde mar.
Apercebi-me de que é possível ser feliz. Compreendo que a felicidade é verdadeira. Mas porque não há? Para onde foi?
A morte e a vida são o mesmo rumo da mesma viagem. A vida enamora-se, pode ser calma ou apaixonada, oferece flores, dá e pede um olhar. A morte é o silêncio de todos os afectos, o repouso e o movimento invisível. E ambas, sob a mesma estrela, conhecem-se profundamente naquele veludo de confidências a que pode chamar-se reflexão.
Todos chegamos e todos partimos no ritmo natural dos dias.
Constroi-se a Amizade. Elevadamente, de boa e bela que é, distribui lembranças e relíquias pela solidão. Mas protege os laços da saudade e Amor, da dádiva e da liberdade.
Texto por: Otília Ferreira
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