terça-feira, 14 de setembro de 2010

Carta a um Amigo Ausente


Trago comigo o navio

Com que passeio no rio

Entre as margens que encontrar

Saberás qaunto me diz

Ondulação que me quis

À beira do verde mar.



Apercebi-me de que é possível ser feliz. Compreendo que a felicidade é verdadeira. Mas porque não há? Para onde foi?

A morte e a vida são o mesmo rumo da mesma viagem. A vida enamora-se, pode ser calma ou apaixonada, oferece flores, dá e pede um olhar. A morte é o silêncio de todos os afectos, o repouso e o movimento invisível. E ambas, sob a mesma estrela, conhecem-se profundamente naquele veludo de confidências a que pode chamar-se reflexão.

Todos chegamos e todos partimos no ritmo natural dos dias.

Constroi-se a Amizade. Elevadamente, de boa e bela que é, distribui lembranças e relíquias pela solidão. Mas protege os laços da saudade e Amor, da dádiva e da liberdade.



Texto por: Otília Ferreira

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