Tenho aproveitado o tempo que estou em casa para arrumar alguns papéis, deitar outros fora, e tenho procurado conhecer o Ricardo de há uns anos atrás, o Ricardo da infância e da adolescência.
Por um lado, com a distância temporal é estranho olhar como EU era, observo muita coisa que não fiz e podia ter feito; mas se for a ver bem… eu não poderia ter reagido de outra forma, caso contrário não seria o Ricardo. Seria uma outra pessoa qualquer.
Se olhando para antigos manuais e cadernos escolares me vêem à memória alguns acontecimentos bons (nomeadamente na infância), também me recordo de algumas coisas que me fizeram sofrer imenso na adolescência. Observo de forma distanciada o quanto as pessoas me fizeram mal e o mal que fiz a mim próprio.
Este passado da adolescência foi algo que eu preferi atirar de forma desarrumada para o sótão, sem procurar entender o que havia sucedido. Hoje, compreendo que quanto melhor conhecer o Ricardo dessa altura, melhor posso entender porque sofri tanto, e também aprender para que no futuro não sofra tanto.
Revi momentos como os que era maltratado por colegas, em que o meu pai não estava presente, e a minha mãe assumia um controlo constante sobre mim e sobre o meu irmão, não me deixando interagir com o mundo, e procurar as coisas por mim. Olhando para trás, posso dizer que entre os meus 13-18 anos foi o período mais complicado da minha vida, quase diariamente pensava a melhor forma de acabar com a minha vida. Por não gostar do meu físico, por ter dúvidas acerca do meu verdadeiro valor enquanto ser humano.
Estava completamente sozinho. Ou então talvez não estivesse. Talvez precisasse de uma orientação, de uma formação a sério enquanto pessoa – e nesse aspecto culpo bastante a Escola, que é um dos maiores falhanços do nosso sistema (pseudo) democrático – que me fizesse ver a luz, e que demonstrasse que a vida não era só aquilo.
Para que jovens não venham a sofrer da forma que aconteceu comigo, é necessário promover um verdadeiro diálogo entre a Escola e os alunos, entre pais e filhos, é necessária uma verdadeira revolução no diálogo – e procurar não dialogar através de frases feitas, ou falsas educações cívicas, que apenas servem para fazer as pessoas bocejarem. Só com uma genuína mudança na conversação e troca de ideias, teremos uma sociedade com um ensino funcional.
Por um lado, com a distância temporal é estranho olhar como EU era, observo muita coisa que não fiz e podia ter feito; mas se for a ver bem… eu não poderia ter reagido de outra forma, caso contrário não seria o Ricardo. Seria uma outra pessoa qualquer.
Se olhando para antigos manuais e cadernos escolares me vêem à memória alguns acontecimentos bons (nomeadamente na infância), também me recordo de algumas coisas que me fizeram sofrer imenso na adolescência. Observo de forma distanciada o quanto as pessoas me fizeram mal e o mal que fiz a mim próprio.
Este passado da adolescência foi algo que eu preferi atirar de forma desarrumada para o sótão, sem procurar entender o que havia sucedido. Hoje, compreendo que quanto melhor conhecer o Ricardo dessa altura, melhor posso entender porque sofri tanto, e também aprender para que no futuro não sofra tanto.
Revi momentos como os que era maltratado por colegas, em que o meu pai não estava presente, e a minha mãe assumia um controlo constante sobre mim e sobre o meu irmão, não me deixando interagir com o mundo, e procurar as coisas por mim. Olhando para trás, posso dizer que entre os meus 13-18 anos foi o período mais complicado da minha vida, quase diariamente pensava a melhor forma de acabar com a minha vida. Por não gostar do meu físico, por ter dúvidas acerca do meu verdadeiro valor enquanto ser humano.
Estava completamente sozinho. Ou então talvez não estivesse. Talvez precisasse de uma orientação, de uma formação a sério enquanto pessoa – e nesse aspecto culpo bastante a Escola, que é um dos maiores falhanços do nosso sistema (pseudo) democrático – que me fizesse ver a luz, e que demonstrasse que a vida não era só aquilo.
Para que jovens não venham a sofrer da forma que aconteceu comigo, é necessário promover um verdadeiro diálogo entre a Escola e os alunos, entre pais e filhos, é necessária uma verdadeira revolução no diálogo – e procurar não dialogar através de frases feitas, ou falsas educações cívicas, que apenas servem para fazer as pessoas bocejarem. Só com uma genuína mudança na conversação e troca de ideias, teremos uma sociedade com um ensino funcional.
Redigido por:
Ricardo Martins
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