Nas minhas rugas ninguém viu sal
Bebi-o das ondas como em brincadeiras
Cavalos brancos sacodem sem mal
Das crinas de prata as estrelas primeiras.
Largo voo, longo espaço
Ramo de outono sempre a florir
Sombra na estrada, nome de cansaço
Coração-navio sem porto p´ra onde ir.
Na dor aperta a minha mão
Aperta-a bem apertada
Nela vai o coração
Da minha vida encantada.
Por Otília Ferreira
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