terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pela Liberdade


De olhar curioso espreitava
pela porta que se encontrava
entre aberta, e que lhe aguçava
a curiosidade.
A sala estava repleta de maravilhas
mas o seu olhar fixava-se apenas
num dos cantos da sala.
Numa caixa de madeira cheia
de bolhinhas de cor.
Curioso, com as patitas tirou
uma delas e rolou-a pela sala.
Abola colorida depressa-se
desfez numa miada de fios
que nele se enrolou, e o deixou
preso,numa emaranhada
de teia, de fios infinitos.
Aflito e assustado correu
pela sala indo ao encontro
da porta que avistava.
Meio atordoado trôpego
correu ao encontro do bréu
da noite, pela liberdade
que tanto ansiava, escondendo-se
na noite fria.
Mas onde podia olhar
o seu mundo, sem barreiras.
Sem casa, sem dono
sem um lar quente
mas esta era a sua
opção.
Queria olhar as estrelas
o pôr do sol, ser um
viajante sem pouso certo
ter vida de vagabundo.

Por: Mª José Marques

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