Ontem tivemos a oportunidade de ir ver este filme. Recomendamos. E como. É talvez o filme mais oportuno de aparecer, neste momento, face à adesão em massa às redes sociais que se vive.
Primeiro veio o hi5, que teve bastante sucesso no nosso país, mas depois o Facebook afirmou-se como a rede social com mais adesão, tendo uma elegância que faltava à outra rede. Além disso, permite a reunião das pessoas em grupos, e os convites e spam estão mais limitados.
Não obstante, o objectivo base do Facebook é o mesmo - engate, travar amizades virtuais, ou então (como é o objectivo de Mark Zuckerberg, no filme) espiar na vida da ex-namorada, e ver o que ela anda a aprontar.
Nesse âmbito, Zuckerberg (apesar de ser o mais jovem milionário no mundo), não é feliz, pois o principal objectivo ao criar o face não foi pelo gosto da descoberta informática, mas sim como uma afirmação do ego, e como uma forma de impressionar os colegas, tendo muitas raparigas giras nos friends.
Além disso, Zuckerberg criou o Facebook como retaliação algo ressabiada, ao facto de nunca ser convidado para os clubes estudantis exclusivos de Harvard, por ser sempre deixado de lado, etiquetado discriminatoriamente como "nerd".
Para além desta história central, o que me tocou especialmente em A Rede Social, foi a abordagem às difíceis relações entre os jovens, e em como os rapazes se sentem bastante intimidados em falar com raparigas atraentes; e na tragédia pós-moderna de ter que se recorrer a ferramentas materiais (dinheiro) ou tecnológicas (computadores) para passarem a vias de facto.
Texto de:
Ricardo Martins
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