Vi os teus gestos e a beleza que eles teciam. Demorei-me nas margens da mágoa e, nelas, tu tinhas deixado também violetas minhas para todos.
Aonde cober o teu riso, a tua fragilidade, a tua atenção, ascendes comigo nos frios das noites até à luz das estrelas.
Vamos ouvir um cântico sem idade. O que criaste chamou. E é o calor dos sós, dos que reuniste, dos que não te sabiam e queriam sonhar-te.
Desajeitados, amargos às vezes, diluem o ardor dos olhos enxutos, no brilho das tuas mãos amigas. Eu também, "...homem só", "meu irmão".
Por Otília Ferreira