Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembro: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... foi um sonho
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garrett
Neste dia escolhi este poema para celebrar o amor, em especial pelo meu filho e pela minha mãe.
Por Maria José Almeida
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembro: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... foi um sonho
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garrett
Neste dia escolhi este poema para celebrar o amor, em especial pelo meu filho e pela minha mãe.
Por Maria José Almeida
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