segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um excelente filme que não recebeu Oscares


Tive a boa ideia de ir ver J. Edgar, após ter meditado algum tempo sobre o assunto. Havia lido uma crítica num jornal nacional que afirmava que tal género de filme, o “biopic” com caracterização carregada do actor, tinha passado de moda. Além disso, pelo trailer parecia-me demasiado parecido com O Aviador, também com Leonardo di Caprio. Ainda bem que mudei de ideias e decidi ir vê-lo, pois trata-se de um biopic bastante sóbrio, magnificamente dirigido por Clint Eastwood, e bastante bem interpretado por Di Caprio, que aqui tem o papel da sua vida.

J. Edgar foi um dos homens mais poderosos e mais temidos da América. O lado bom dele reconstruiu o FBI, limpou a corrupção dentro da instituição, e caçou alguns inimigos escondidos, como os nazis e os terroristas. Porém, tinha um lado paranóico que via inimigos em todo o lado, mesmo aonde não existiam, sendo um dos instigadores da “caça às bruxas” na grassou na década de 50. Foi ele quem expulsou Charlie Chaplin em 1952, só por o mesmo ter amigos comunistas.

J. Edgar tinha a mania do controlo (construía vastas bases de dados sobre pessoas que mandava vigiar), e uma sexualidade complicada para o tempo em que vivia. Especula-se que era homossexual e que teve uma relação escondida com um colega próximo do FBI.

J. Edgar é um daqueles filmes que deve ser visto por quem se interessa pela História dos Estados Unidos, pelo FBI, ou por filmes biográficos.

Por: Ricardo Martins

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