quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Um grande homem


Lincoln é um filme histórico realizado por Steven Spielberg no ano passado e, ao contrário do que muitos esperavam, não trata a vida inteira do emblemático presidente americano, mas apenas do período final da Guerra da Secessão (ou Guerra Civil Americana) e da luta travada por ele para a aprovação da 13ª emenda. Esta visava declarar todos os homens iguais perante a lei, tantos brancos como negros, como tal abolindo a escravatura. Não apenas um gesto de grande humanidade da parte de Lincoln, mas também de uma grande astúcia, pois esta lei poria fim à sangrenta guerra que durava há 4 anos, uma vez que a economia dos estados do sul vivia muito à base do trabalho escravo.

O actor Daniel Day-Lewis, conhecido universalmente pelo seu rigor e dedicação à arte de representar, incorpora magistralmente o 16º presidente americano, tanto física como psicologicamente, tanto a nível de postura e maneirismos, como de estórias que se contam sobre ele. Com justeza ganhou o seu terceiro Óscar, sendo o único actor que o conseguiu fazer em toda a História do Cinema.

No elenco, encontramos também outros actores que não lhe ficam atrás - Sally Field faz da esposa sofredora, que nem sempre tinha um casamento fácil com tão carismática figura; David Strathairn é Seward, o Vice Presidente e braço direito; James Spader faz do angariador de votos, que tem direito a alguns momentos de humor; Joseph Gordon-Levitt como o filho mais velho, que se quer revoltar contra a autoridade do pai; e Tommy Lee Jones tem um papel extraordinário como Thaddeus Stevens, no mesmo lado da bancada de Lincoln, mas que o inveja e conspira contra ele, acabando por se juntar a ele, em nome de um Bem maior.

Apesar de haver gostado do filme, não o recomendaria a toda a gente, pois é algo longo e tem muitas cenas de diálogo, envolvendo intrigas políticas daquela altura.
Como tal, recomendá-lo-ia a quem aprecia filmes de época, ou a quem seja interessado na História dos EUA, ou se for admirador de algum dos actores.

Por: Ricardo Martins

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