quarta-feira, 10 de abril de 2013

SEM NOME DE LUGAR


Entram lá mendigos pela calada da noite. Levam canções de silêncio. Uma companhia ébria, de ocasião.

Quantos estertores, quantos arrepios e quantos suores naquelas estreitas paredes já não se envolveram?
 
Meu amor de um dia ternura de espaço, tempo de um abraço a vida assim quis? Sol e maresia, alto céu azul, aves de ida ao sul, levam- te quem diz!

Por Otília Ferreira

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