Quadras que compús rodeada de amigos num dia de sol e "frescura". Sentia-me desanimada física e psiquicamente mas fiquei melhor após ter escrito estas quadras.
Amor que o tempo não mata
Eu chamo de bem querer
É de bronze, de ouro e prata,
E o muito mais que valer.
Toda a riqueza da gente
Se diz, de encanto, a cantar
Por saudades de quem sente
Sem vontade de chorar.
Não vivo de ser feliz
Mas aonde há memória
Sobrevive o que já quis
Na mais renovada história.
Não sei perdão, não sei prece
Que me traga o teu sossego
Só que amigo não se esqueça
E é saudar que fecha o medo
Num cantinho do tesouro
À espera de lá sair
Mudado em sorriso louro
Do meu outono a florir.
Texto de: Otília Ferreira
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