Que a sorte rejeitou _ um quase nada!
Vivi com a tarde e a madrugada
A penumbra calma, o pensamento aflito.
Toda a cinza ficou hirta no seu fito
E o que em dor se ocultou, de sepultada,
Mais não deixa nesta mão fechada
Que o vácuo aonde o caos pode ser dito.
Foste amigo, foste amor, rio, jardim
Praia sem margens nas ondas sem fim
Dos laços que libertam e cativam de pesar
De viva voz não te ouvirei e és tu quem diz
Toda a mágoa com que esqueço e sou feliz
Todo o bem que me deste e é luz em mim.
Todo o bem que me deste e é luz em mim.
Por Otília Ferreira
Sem comentários:
Enviar um comentário