terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nas malhas da Ocultação





Parece-me que são todas as que 'o império não teceu'.
A falar com quem não vejo um quase nada me detém - espera breve, atropelada pela expressão impensada; voo sem rede e fingimento como defesa.
A ouvir sou atenta - admiro ou replico, aprendo e sonho, exerco a crítica com as asas despertadas.
Restam-me os sonhos desfeitos, os sonhos imperfeitos, os sonhos enlaçados e completos que agradecem á vida um tão-só existir.
Insónia, angústia e rendição. No silêncio, insiste porém o apelo bem audível, no timbre que o traz da mais profunda e entrecortada liberdade.

Por Otília Ferreira

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