segunda-feira, 5 de março de 2012

Para variar, livros

Por vezes, acabo por engolir as minhas próprias palavras. Ouvia falar mal de Paulo Coelho da parte dos meus amigos snobs, e a maior parte das pessoas que eu via ler livros dele eram mulheres no comboio ou em salas de espera. Não me parecia bom sinal, aquilo soava-me a moda passageira, com filosofia de pacotilha, à maneira do Código Da Vinci.

Só há pouco tempo tive a iniciativa de ler O Demónio e a Senhorita Prym, e foi uma excelente ideia, pois fiquei surpreendido pela positiva, com a premissa forte, linguagem simples, e mensagem universal.

Há dias acabei de ler A Bruxa de Portobello, da nossa biblioteca do Cintra, e gostei. O enredo tem semelhanças com outros livros do autor, com personagens convertidas ou tocadas pela fé, que depois têm de enfrentar a incompreensão de todo o mundo. E à bruxa do título, uma mulher com uma mente mais adequada ao século XXII, é o que acontece, pois acaba vítima da intolerância das pessoas.

O livro pode não ser tão bom como Veronika Decide Morrer ou O Demónio e a Senhorita Prym, mas mesmo assim vale a pena ler, pois faz-nos pensar nos conflitos das crenças das pessoas.

Por: Ricardo Martins

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