É triste. Só me ocorre dizer que é triste. É quando se cai no tédio, vencida
por um cansaço que não existe, prisioneira do tédio sem resistir às agressões,
piores que ilusões - as invencíveis certezas de que ainda desconheço a fonte.
A dedicação, a aplicação, uma responsabilidade que, sendo afectiva se
transforma em reconhecer Seres, Espaços e em criatividade possível, permitem-me
regressar a mim de calma plena e a sós (de direito mas não de facto) com a
Razão.
Talvez aprenda a integração na sociedade como vivo bem no mar uníssono da
multidão.
Sentir em verdade que tenho um dever restitui-me a alma que eu julgava no
rumo de perder-se, de vender-se, de esquecer o conhecimento e identificar o
desacato interior poderoso da agressividade.
Sabedoria, Amizade que ora lembro ora esqueço, não quero cair no poço. Água
apenas e Aprendizagem.
Por Otília Ferreira
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