terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O valor do guião


Uma questão monetária esteve por trás da greve de argumentistas na América. Acabada a greve e arrumada a questão financeira, o guionista ganhou relevo e os seus nomes aparecem agora nos cartazes e nos créditos dos filmes, antes do nome do realizador, dando o devido destaque aos guionistas opis a base de todos os bons filmes é o guião, e isso ficou provado inúmeras vezes com filmes bons com actores medianos e filmes pésimos com actores de grande nível.

Claro que bons actores ajudam, assim como uma boa realização e até uma boa banda sonóra. Mas, até aí , e falando por mim, mesmo uma boa banda sonóra é boa em parte porque associo a partes do filme que me marcaram e então tudo parece melhor.

Bem... mas falando dos actores, que também merecem, adorei ver Michael J. Fox e Christopher Loyd em "O regresso ao futuro". E que contributo que eles deram ao filme. A personagem Doc. não seria a mesma coisa com outro actor e Christopher Loyd é de facto brilhante como cientista "alternativo". Mas tudo isso funciona bem porque o guião está bem escrito.


Texto elaborado por :
Carlos Almeida
João Custódio

A cerimónia dos Óscares

Aqui entre nós, que ninguém nos ouve, há já uns anos que não vejo a cerimónia dos Óscares. A cerimónia completa, pelo menos, pois muitas desilusões e prémios mal atribuídos fizeram azedar a minha opinião em relação à gala.

Regra geral, ou vejo apenas os resultados nos noticiários no dia a seguir, ou gravo o compacto com os melhores momentos, que costuma ir para o ar 1 ou 2 dias depois, chega-me perfeitamente.

Este ano, tive a sorte de ver alguns dos filmes nomeados, como A Origem, A Rede Social e O Cisne Negro, filmes que gostei imenso e que considero serem justos nomeados.

Mas gostaria que os Óscares se reencontrassem mais com aquilo que é celebrado - os filmes, os realizadores, as interpretações - e deixassem um bocado de lado o artificialismo do tapete vermelho, dos costureiros, e de feira de vaidades, coisas que considero acessórias. Isto, para os prémios serem melhor atribuídos, e não acontecerem tantas injustiças, como foi o caso que sucedeu a Alfred Hitchcock, que nunca recebeu nenhuma estatueta.

Escrito por: Ricardo Martins

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Filhos Do Mar


Ao amanhecer os raios despontavam num amarahado, de vagas soltas, que traziam no seu regaço, no embalo das vagas mansas por agora, descançadas, a bom porto, os barcos da noite. O sol enrradiava, e tomava de sua conta, aquela imensidão, que se ia alargando, sufucando a sede, queimando a pele, ofuscando o olhar, que cegava aos que lhe queriam ver. Gaivotas esvoassavam, em atenta perseguição anónima, aos barcos como perdedoras, sedentas, esfaimadas pelo encanto, brilho da sardinha pescada, saltitante, de sofrimento fim. Num fim da tarde, o mar agredia os banhistas, que nele se queriam atrever banhar-se, intredito, ninguém lhe podia por o pé, com perigo de serem enrolados, sugados, nas vagas altas, arrastados ás profundezas, só os mais destemidos, aventureiros do mar, o ousavam desafiar-lhe a força. O sol que parecia em teimar deixar, a noite escurecida, assombrando o areal extenso vazio, engolido quase num todo. Pelo rompante da maré enchente, bravia que batia agreste nas rochas, no horizonte aberto da noite solitária, naquele bréu imenso, mar de negrume. Apenas alguns barcos, lhe faziam companhia, fiéis que lhe arriscavam, que teimavam aportar,e que nele se findavam em pequenos pirilampos saltitantes, que refletiam nas vagas escuras. Na imensidão daquele mar, que de longe tudo lhe era pequeno, a cidade que lhe aprochegava, parecia minguar,no negrume, e se findar naquela grandiosidade que não acabava, e os que nele se perdiam nas profundezas, infindáveis, de mistérios e lendas, perdiam o caminho de volta, o silêncio da noite interrompido, pelo choro daqueles que os buscavam, amavam.

O dia amanheceu, e o brilho do sol espreguiçava-se, por entre, o mar de tempero a sal, o areal povoado se encheu de calor, e o convite ao banhar das águas frias, regressava ao apelo, das águas mansas. Os barcos descansavam os cascos fustigados, da noite bravia e dolorosa, nas águas mansas, do dia. O dia claro buscava, as esperanças perdidas, na noite escura, ondulante bravia.


Mar de água salgada, porque deixas que em ti se percam, a vida dos teus homens, sonhadores, lutadores numa luta, em que tu és o mais forte e tenebroso, do que estes na faina , em que buscam o alimento, das tuas profundezas, para saciar a fome, que teimas em querer não deixar.Quando balanças os seus barcos, com a tua força feroz, e os engoles sem dó, nem piedade, nas tuas profundezs escuras, agrestes, onde abarcam num porto sem volta, os que voltam falam de ti, de lendas que os embarcam, nos teus braços traiçoeiros.



Por Maria José Marques





terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Música Portuguesa


A música portuguesa está melhor?

Isso será subjectivo, mas a verdade é que há cada vez mais bandas e com novas sonoridades. Aqui ficam alguns exemplos.


Ana Moura, Kátia Guerreiro, Camané, Mariza, Mafalda Arnauth, Moonspell, Vicious Five, M.A.U., Deolinda, Virgem Suta, Orquestrada, Expensive Soul, Orelha Negra, Sam The Kid, Da Weasel, New Soul Family, Rita Red Shoes, Tiago Bettencourt, Buraca Som Sistema, Aurea, Legendary Tiger Man, X-Wife, Ray Gun, Cool Hipnoise, Fonzie.

Esperamos que conheçam estes projectos, caso contrário tentem descobrir o que se anda a fazer em Portugal!


Por Carlos Almeida, João Custódio, Mafalda Semedo e Ricardo Martins

Terra De Ninguém

Terra abençoada, onde tudo
é livre, de nascer, crescer
morrer.
Animais e flora, coexiste
em parceria,
sem ninguém, para a colher
a natureza dita a sua sorte
abençoada.
Tão natural, tão rica onde
as chuvas de Inverno,
dão alento á renovação
da Primavera,
avivando, pintando
de cor,a densa paisagem
onde a chegada, do árido
Verão se mistura,
a terra amarela, por entre
picos de cores, sobreviventes.
Terra sem dono, de ninguém
onde a liberdade, é um dom
natural, onde o mundo
intócavel, sobrevive.

Por Maria José Marques

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Saudosos anos 80


Neste "post" vimo-vos falar dos saudosos anos 80. Há muitas coisas das quais sentimos falta e outras que nem por isso. A década de 80 foi marcante para muita gente e para nós também.

Aqui vão algumas coisas das quais sentimos falta:

-Walkman de k7 - agora já temos melhor como os Mp3, mas ninguém pode negar a alegria que era ter pela primeira vez um rádio portátil,

- Certas séries de televisão - Justiceiro, MacGyver, Galactica, Buck Rogers, Soldados da Fortuna, Missão Impossível (que apareceu nos anos 60 mas foi passada também nos anos 80 tornando-a numa referênica para pessoas como nós),Caminho das Estrelas, Rua Sésamo, ThunderCats, Era uma vez...,Duarte & Companhia, Allô Allô, os Marretas ou ainda Alf,

- Bombocas, Pez, Petazetas, Pastilhas pretas - algo que nos fazia crescer água na boca, literalmente,

-de programa como o 123 ou o Agora Escolha,

-Noticiários de 30 minutos (...e chegava),

- do escudo - os bons velhos tempos onde não era preciso fazer contas de cabeça,

- Música dos anos 80, Duran Duran, Depeche Mode, A-Ha,

- Cinema dos anos 80, Guerra das Estrelas, Regresso ao Futuro, Indiana Jones, Mad Max, filmes da colecçao James Bond, Rambo, Rocky, Em Busca da Esmeralda Perdida, Tron, E.T. entre muitos outros,

- grandes colecçoes de cromos.

Mas como também há coisas das quais não sentimos falta aqui vão alguns exemplos como:

- ter de rebobinar as cassetes

- ter de nos levantar para mudar o canal da televisão

- os penteados à tigela

- o tempo de espera para o carregamentos de jogos no Spectrum

- jogos como o Beijinho ou Prisão, ou Bate-pé

- Séries de televisão como o Barco do Amor, Dallas, Verão Azul, Dinastia entre outros.
Texto elaborado por :
Carlos Almeida
Ricardo Martins
João Custódio
Já não sei quantas vezes
me questionei quem sou?
Andar perdida em pensamentos
que me deprimen e causão
impaciência.
Na procura incessante de
respostas,na insatisfação.
Questionar o mundo em
que vivo,me sentir tão
insignificante perante a
tão grandiosidade deste mundo
repleto de seres vivos que
compartilham o mesmo
universo. Mas no caos
da profundidade da vida
renasce a força que me
faz reviver de novo.
Todas as questões e dúvidas se
desvanecem em pensamentos
que pousão lá longemente e
tudo se torna novamente
possivel, o que pensára
não o ser.
Há beleza, o encanto perdido
tudo volta a renovescer
há cor e tudo floresce de
novo, tudo se torna suave
doce, tudo ganha encanto
o alento perdido.
Não sei por quanto tempo
irei cruzar os caminhos
traçados nesta vida.
Não sei por quantas vezes
terei de subir montanhas
ingremes e as descer novamente
e me deixar vencer pelo
cansaço, repousar num
vale sem volta, ou talvez
recuperar as forças, e voltar
a subir ao cume, e admirar
a beleza infinita.
Vivo o presente de incertezas
mas com a talvez esperança.
Mas sei quando chegar, o limite
só eu saberei quando, ou talvez
nunca.

Por Maria José Marques