terça-feira, 27 de setembro de 2011
A coragem irrompe calma em murmúrios de cascata, alta na montanha acidentada, colhendo voz nos penhascos, a galopar nas raízes fortes. Espera sempre, um momento e o acto. Despoja o medo da fieldade. Consome o lume vivo que enovela as entranhas em amarras de prostação.
A coragem é erguer-se e combater, como se pode, com o que se tem, na entrega das ideias e das pulsações ao mesmo ritmo do quotidiano que, instantes atrás, chicoteava de cinzento o olhar aflito.
Ter coragem é uma recordação do arco-íris sem abrandar as atitudes, a munir-se das armas de si, que levam o ar ao peito, na rota de navegar.
Por Otília Ferreira
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Hoje, o nosso grupo do blog divagou por entre várias ideias e pensamentos. Viajámos pelos Descobrimentos, passámos por África e as ex-colónias e estivémos na Europa a falar da actual crise. Retivemos ideias sobre tecnocracia, anarquia e a conversa ia e ia...mas a actividade fica tardia. Fica aqui apenas um pensamento de Almada Negreiros que tornamos nosso, e a promessa de um ou mais textos sobre...singularidade.
"Ser-se o próprio é uma arte em que todos existem mas só alguns chegam a assinar a obra-prima."
"Ser-se o próprio é uma arte em que todos existem mas só alguns chegam a assinar a obra-prima."
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Acordo ortográfico revisitado.
Acho que encontrei uma razão muito simples para o novo acordo ortográfico fazer sentido, uma razão que consegue apaziguar aquela ira que senti quando me disseram que as palavras que levei tanto tempo a aprender a escrever e soletrar, de repente, tinham perdido letras.
E é assim, dei-me conta que pode ser devido à crise. Hoje em dia tudo é devido à crise, portanto o acordo pode ser mais uma casualidade das dificuldades económicas que passamos.
Ou seja, os académicos portugueses temendo que um dia não muito distante o governo legislasse que deviamos pagar pelo nº de letras em cada palavra dos livros,jornais e revistas, etc decidiram arranjar forma de dispensar algumas letrinhas e tornar as palavras mais baratinhas. É que nunca se sabe! Com tantas formas de arranjar dinheiro que o governo arranja...esta seria apenas mais uma.(Espero que o Vitor Gaspar não siga este blog...)
Mas os académicos não são nenhuns génios. Pois génios são os adolescentes que, muito antes dos mestrados académicos, anteveram essa cobrança e começaram a por em prática o dispensar de letras, com os seus omg, k, kê, lol, tmb, tb, qnd, etc etc.Génios estes "putos".
Portanto, tudo está bem. Se é por causa da crise...não há crise!
Por João Custódio
E é assim, dei-me conta que pode ser devido à crise. Hoje em dia tudo é devido à crise, portanto o acordo pode ser mais uma casualidade das dificuldades económicas que passamos.
Ou seja, os académicos portugueses temendo que um dia não muito distante o governo legislasse que deviamos pagar pelo nº de letras em cada palavra dos livros,jornais e revistas, etc decidiram arranjar forma de dispensar algumas letrinhas e tornar as palavras mais baratinhas. É que nunca se sabe! Com tantas formas de arranjar dinheiro que o governo arranja...esta seria apenas mais uma.(Espero que o Vitor Gaspar não siga este blog...)
Mas os académicos não são nenhuns génios. Pois génios são os adolescentes que, muito antes dos mestrados académicos, anteveram essa cobrança e começaram a por em prática o dispensar de letras, com os seus omg, k, kê, lol, tmb, tb, qnd, etc etc.Génios estes "putos".
Portanto, tudo está bem. Se é por causa da crise...não há crise!
Por João Custódio
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Quando for grande, quero ser...
Eu já quis ser muita coisa. Quando era miúdo, era aquelas profissões que todos os miúdos queriam, profissões glamourizadas pelos desenhos animados e pelos filmes, tais como polícia, detective, astronauta, ou inventor/cientista.
Em anos mais recentes aspirei a ser tradutor de Inglês, até cheguei a entrar num curso de faculdade de Línguas e Literaturas Modernas, mas rapidamente constatei que não era assim tão interessante.
Pensei seguir o caminho da Arqueologia, mas também vi que não era esse o caminho certo para mim.
Enquanto estava em Arqueologia, descobri uma nova paixão, que aliás já tinha há muito, mas que nunca pensei que pudesse ser levada a sério - o Cinema. Comecei a estudar nessa área, e acalentei muito tempo o sonho de vir a ser realizador ou produtor de cinema.
Esse sonho não me abandonou completamente, mas ultimamente tenho-me interessado mais pela representação, por quem se expõe à frente das câmaras, e tenho constatado que não é uma tarefa assim tão fácil quanto parece à primeira vista. Tenho feito muitos trabalhos como figurante, que me têm dado a conhecer muito do que é ser actor/performer em Portugal. Para além de que, enquanto estou à frente das câmaras, vou observando não só quem está à frente das câmaras, mas também quem está atrás.
O que eu virei a ser só Deus, ou se não acreditarem nessas coisas, as circunstâncias o dirão. Entretanto, e enquanto não encontro uma profissão a tempo inteiro, procuro explorar as minhas capacidades ao máximo, e adquirir novas apredizagens.
Por: Ricardo Martins
Acordar com a Manhã
Se eu soubesse esperar teria aprendido o ânimo desafiador, comedido, de contrariedades e, pelo menos, esboços persistentes que o comportamento aperfeiçoa, de realizar o principio enérgico e sonhador em que os projectos nascem.
Protelar é desenvolver ansiedade, "aninharmo-nos" no ócio, gerar a insónia das noites e o tédio dos dias.
Como hoje.
Assim mesmo: como hoje!
Na névoa distante que prolongava as mágoas, na chuva quase impercepetível que abrandava os passos como uma bênção, nos caminhos estreitos sobre um céu denso à hora da luz, a vida pesava mas transformava-se. Era mais vida!
Teimosamente, andei o meu rumo. Hesitei, desmotivei-me, interessei-me... Cansava-me e não.
Floriu amizade, com a tepídez do ar. Afecto, abrigo, saudade dos "outros". Regressei da fuga que não fiz. Entrego a lembrança modesta deste dia lindo. Vejo laivos de ouro claro e transparente horizonte para as ramagens solenes.
Hoje, sob este Sol sossegado e aflito (é assim que eu estou!) uma doce calma avisada murmura - é sempre tempo de começar!
Por: Otília Ferreira
As Palavras Sempre Ficam
Se a tristeza vier te consumir e me contares eu saberei. Mas se a descreveres num papel, o seu peso será menor. E assim são as palavras escritas, possuem um magnetismo especial, libertam, acaletam, invocam emoções. Elas possuem a capacidade de em poucos minutos cruzar mares, saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.
Com palavras faladas e escritas mate saudades, peça perdão, aproxime-se, alegre alguém, ofereça um simples "bom dia". Faça um carinho especial.
"Quem escreve constroi um castelo, e quem lê passa habitá-lo".
Por Maria José Almeida
Com palavras faladas e escritas mate saudades, peça perdão, aproxime-se, alegre alguém, ofereça um simples "bom dia". Faça um carinho especial.
"Quem escreve constroi um castelo, e quem lê passa habitá-lo".
Por Maria José Almeida
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