Anteontem estava a ver um filme francês intitulado Nada a Esconder, com Juliette Binoche, um thriller aparente, mas que na verdade é uma parábola político-social da França de hoje e dos erros que cometeu no passado.
Ao ver o filme, lembrei-me da responsabilidade que temos pelos nossos actos não só no presente, mas ao longo de toda a nossa vida – às vezes algo que fizemos a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, quando tínhamos 6 anos, por mais insignificante que possa parecer, por vezes, pode causar traumas e danos psicológicos no outro.
E, às vezes, carregamos até a responsabilidade de erros dos nossos antepassados, por mais que não queiramos.
E, então, ao ver o filme, vi que a colonização e a escravidão de 500 anos em África estão a ter as suas consequências neste momento, aliás, ainda vamos assistir a muito mais.
Acreditem – o espectáculo está longe de terminar.
Texto de:
Ricardo Martins
terça-feira, 28 de setembro de 2010
O País está á beira de ...?
Será que está a enlouquecer ?
Muita evolução tecnológica.
Novas leis.
Novas obrigações.
Politíca e crise são temas diários.
É tanta a confusão mental
que estou meia baralhada
nesta salada.
Já não sei bem,o que
fazer ou falar.
Com tanta quantidade
de informação
que a televisão
e os jornais transmitem
Diáriamente.
No meio deste atropelo.
Já nem sei aonde estou
nem quem terá a razão.
Será que este país está
á beira do colapso?
Qual será o futuro deste País...
Muita evolução tecnológica.
Novas leis.
Novas obrigações.
Politíca e crise são temas diários.
É tanta a confusão mental
que estou meia baralhada
nesta salada.
Já não sei bem,o que
fazer ou falar.
Com tanta quantidade
de informação
que a televisão
e os jornais transmitem
Diáriamente.
No meio deste atropelo.
Já nem sei aonde estou
nem quem terá a razão.
Será que este país está
á beira do colapso?
Qual será o futuro deste País...
Texto por: Maria José Marques
Quadras entre amigos
Quadras que compús rodeada de amigos num dia de sol e "frescura". Sentia-me desanimada física e psiquicamente mas fiquei melhor após ter escrito estas quadras.
Amor que o tempo não mata
Eu chamo de bem querer
É de bronze, de ouro e prata,
E o muito mais que valer.
Toda a riqueza da gente
Se diz, de encanto, a cantar
Por saudades de quem sente
Sem vontade de chorar.
Não vivo de ser feliz
Mas aonde há memória
Sobrevive o que já quis
Na mais renovada história.
Não sei perdão, não sei prece
Que me traga o teu sossego
Só que amigo não se esqueça
E é saudar que fecha o medo
Num cantinho do tesouro
À espera de lá sair
Mudado em sorriso louro
Do meu outono a florir.
Texto de: Otília Ferreira
Questionando a imprensa
Há quem diga (informáticos e teóricos do jornalismo, principalmente) que os jornais estão mortos. Eu não acho. Uma pessoa quando compra um jornal espera ler algo, um conjunto de temáticas, um colunista em particular, etc. Nesse âmbito, os jornais em papel nunca deixarão de se vender.
A minha reserva em relação a alguns jornais (bem como alguma TV) é o facto de os mesmos procurarem explorar vertentes sensacionalistas, e ocupar um bocado o lugar que o Cinema tinha. Basta pensar que um telejornal há 15 anos atrás tinha apenas 30 minutos. Será que estamos mais avançados?
Por outro lado, a imprensa gratuita tem um potencial enorme, que não é devidamente explorado. Jornais como o Destak e o Metro reciclam muita da informação dos jornais que são vendidos, quando podiam apostar mais na divulgação de eventos construtivos, e deixar de lado a exploração de sentimentos de algumas notícias.
Os jornais gratuitos podem ter uma importância fulcral na nossa sociedade (aliás, Portugal é um país de pessoas que se dedicam afincadamente à actividade de não ler, dizia Miguel Esteves Cardoso), e podem mostrar muito do que há de mau e de bom num país, devendo escolher melhor o que divulgam.
Nos tempos da II Guerra Mundial, os nazis atiravam panfletos por avião aos países que pretendiam invadir (por exemplo, o Reino Unido e a URSS), intimidando os povos, fazendo-os questionar os próprios governos. Um jornal gratuito, se não tomar cuidado, arrisca-se a fazer o mesmo serviço que presta o Correio da Manhã e o extinto 24 Horas – disseminar a desconfiança entre as pessoas, procurando instalar medos irracionais e injustificados.
Texto de:
Ricardo Martins
A minha reserva em relação a alguns jornais (bem como alguma TV) é o facto de os mesmos procurarem explorar vertentes sensacionalistas, e ocupar um bocado o lugar que o Cinema tinha. Basta pensar que um telejornal há 15 anos atrás tinha apenas 30 minutos. Será que estamos mais avançados?
Por outro lado, a imprensa gratuita tem um potencial enorme, que não é devidamente explorado. Jornais como o Destak e o Metro reciclam muita da informação dos jornais que são vendidos, quando podiam apostar mais na divulgação de eventos construtivos, e deixar de lado a exploração de sentimentos de algumas notícias.
Os jornais gratuitos podem ter uma importância fulcral na nossa sociedade (aliás, Portugal é um país de pessoas que se dedicam afincadamente à actividade de não ler, dizia Miguel Esteves Cardoso), e podem mostrar muito do que há de mau e de bom num país, devendo escolher melhor o que divulgam.
Nos tempos da II Guerra Mundial, os nazis atiravam panfletos por avião aos países que pretendiam invadir (por exemplo, o Reino Unido e a URSS), intimidando os povos, fazendo-os questionar os próprios governos. Um jornal gratuito, se não tomar cuidado, arrisca-se a fazer o mesmo serviço que presta o Correio da Manhã e o extinto 24 Horas – disseminar a desconfiança entre as pessoas, procurando instalar medos irracionais e injustificados.
Texto de:
Ricardo Martins
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Agenda Cultural
Exposição de Pintura
"Portugal com Sintra no coração" de Lucinda Perestelo
Galeria Municipal - Casa Mantero
Horário: Terça-feira a sexta-feira das 9:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:30
Sábado das 14:30 as 19:00
Mais informações pelo tel: 219236926
Concerto de Samuel Úria
24 de Setembro às 22:00h
Auditório Jorge Sampaio
Centro Cultural Olga Cadaval
Comemoração do Dia Mundial do Coração
26 de Setembro, Domingo
Local: Largo do Palácio da Vila de Sintra
Actividades: Ginástica aeróbica, ténis de mesa, btt, escalada de parede
Teatro
Solércia
Quinta da Regaleira
Quinta-feira a Sábado às 22:00h
Domingo 21:00h
Tel: 219106650
Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel
Início a 18 de Setembro
Fim a 29 de Setembro
Simpósio
A Demência: O outro lado do espelho
Fundação Calouste Gulbenkian
23 de Setembro|Auditório 2|Entrada livre
"Portugal com Sintra no coração" de Lucinda Perestelo
Galeria Municipal - Casa Mantero
Horário: Terça-feira a sexta-feira das 9:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:30
Sábado das 14:30 as 19:00
Mais informações pelo tel: 219236926
Concerto de Samuel Úria
24 de Setembro às 22:00h
Auditório Jorge Sampaio
Centro Cultural Olga Cadaval
Comemoração do Dia Mundial do Coração
26 de Setembro, Domingo
Local: Largo do Palácio da Vila de Sintra
Actividades: Ginástica aeróbica, ténis de mesa, btt, escalada de parede
Teatro
Solércia
Quinta da Regaleira
Quinta-feira a Sábado às 22:00h
Domingo 21:00h
Tel: 219106650
Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel
Início a 18 de Setembro
Fim a 29 de Setembro
Simpósio
A Demência: O outro lado do espelho
Fundação Calouste Gulbenkian
23 de Setembro|Auditório 2|Entrada livre
No teu Olhar
"Vencidos da Vida"
"Vencidos da Vida" : 1870-uma Geração interveniente.
Quem se esqueceu das profundas capacidades de observação, tão férteis quanto delicadas? Da ironia acre e do lirismo musical, história nossa de humanos? Da verve intransigente mas construtiva, que move nas caminhadas difíceis? Da filosofia sem idade, filosofia sempre, pensamento e ideal, projecto, convicção e desafio?
Referem-se as interrogações a escritores como, respectivamente, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Antero de Quental. Pilares, entre pares, símbolos de quem esgotou em vida o sopro do alento e venceu o cansaço no âmago de si, como quem se defronta, em combate de esperança e desengano, incessante face ao desconhecido perseverante e pensador no sobressalto das imagens que o espelho das vidas invadiu, acompanhou mas não derrotou.
Benvindos aos louros que mais um Outouno lembrará!
Elaborado por: Otília Ferreira
Jornada no Passado
Tenho aproveitado o tempo que estou em casa para arrumar alguns papéis, deitar outros fora, e tenho procurado conhecer o Ricardo de há uns anos atrás, o Ricardo da infância e da adolescência.
Por um lado, com a distância temporal é estranho olhar como EU era, observo muita coisa que não fiz e podia ter feito; mas se for a ver bem… eu não poderia ter reagido de outra forma, caso contrário não seria o Ricardo. Seria uma outra pessoa qualquer.
Se olhando para antigos manuais e cadernos escolares me vêem à memória alguns acontecimentos bons (nomeadamente na infância), também me recordo de algumas coisas que me fizeram sofrer imenso na adolescência. Observo de forma distanciada o quanto as pessoas me fizeram mal e o mal que fiz a mim próprio.
Este passado da adolescência foi algo que eu preferi atirar de forma desarrumada para o sótão, sem procurar entender o que havia sucedido. Hoje, compreendo que quanto melhor conhecer o Ricardo dessa altura, melhor posso entender porque sofri tanto, e também aprender para que no futuro não sofra tanto.
Revi momentos como os que era maltratado por colegas, em que o meu pai não estava presente, e a minha mãe assumia um controlo constante sobre mim e sobre o meu irmão, não me deixando interagir com o mundo, e procurar as coisas por mim. Olhando para trás, posso dizer que entre os meus 13-18 anos foi o período mais complicado da minha vida, quase diariamente pensava a melhor forma de acabar com a minha vida. Por não gostar do meu físico, por ter dúvidas acerca do meu verdadeiro valor enquanto ser humano.
Estava completamente sozinho. Ou então talvez não estivesse. Talvez precisasse de uma orientação, de uma formação a sério enquanto pessoa – e nesse aspecto culpo bastante a Escola, que é um dos maiores falhanços do nosso sistema (pseudo) democrático – que me fizesse ver a luz, e que demonstrasse que a vida não era só aquilo.
Para que jovens não venham a sofrer da forma que aconteceu comigo, é necessário promover um verdadeiro diálogo entre a Escola e os alunos, entre pais e filhos, é necessária uma verdadeira revolução no diálogo – e procurar não dialogar através de frases feitas, ou falsas educações cívicas, que apenas servem para fazer as pessoas bocejarem. Só com uma genuína mudança na conversação e troca de ideias, teremos uma sociedade com um ensino funcional.
Por um lado, com a distância temporal é estranho olhar como EU era, observo muita coisa que não fiz e podia ter feito; mas se for a ver bem… eu não poderia ter reagido de outra forma, caso contrário não seria o Ricardo. Seria uma outra pessoa qualquer.
Se olhando para antigos manuais e cadernos escolares me vêem à memória alguns acontecimentos bons (nomeadamente na infância), também me recordo de algumas coisas que me fizeram sofrer imenso na adolescência. Observo de forma distanciada o quanto as pessoas me fizeram mal e o mal que fiz a mim próprio.
Este passado da adolescência foi algo que eu preferi atirar de forma desarrumada para o sótão, sem procurar entender o que havia sucedido. Hoje, compreendo que quanto melhor conhecer o Ricardo dessa altura, melhor posso entender porque sofri tanto, e também aprender para que no futuro não sofra tanto.
Revi momentos como os que era maltratado por colegas, em que o meu pai não estava presente, e a minha mãe assumia um controlo constante sobre mim e sobre o meu irmão, não me deixando interagir com o mundo, e procurar as coisas por mim. Olhando para trás, posso dizer que entre os meus 13-18 anos foi o período mais complicado da minha vida, quase diariamente pensava a melhor forma de acabar com a minha vida. Por não gostar do meu físico, por ter dúvidas acerca do meu verdadeiro valor enquanto ser humano.
Estava completamente sozinho. Ou então talvez não estivesse. Talvez precisasse de uma orientação, de uma formação a sério enquanto pessoa – e nesse aspecto culpo bastante a Escola, que é um dos maiores falhanços do nosso sistema (pseudo) democrático – que me fizesse ver a luz, e que demonstrasse que a vida não era só aquilo.
Para que jovens não venham a sofrer da forma que aconteceu comigo, é necessário promover um verdadeiro diálogo entre a Escola e os alunos, entre pais e filhos, é necessária uma verdadeira revolução no diálogo – e procurar não dialogar através de frases feitas, ou falsas educações cívicas, que apenas servem para fazer as pessoas bocejarem. Só com uma genuína mudança na conversação e troca de ideias, teremos uma sociedade com um ensino funcional.
Redigido por:
Ricardo Martins
terça-feira, 14 de setembro de 2010
A estação do tempo
O vento sopra, o chamamento
voam, as folhas poisando
no chão interno.
As aves agrupam-se em
grupos,
rumando, para outras
paragens.
O vento embala o tempo
e prenuncia a nova estação
que se aproxima.
O tempo quente embate
na corrente do vento frio
amornando,
o tempo, e os corações
acalorados,
do Verão tórido.
Agora o vento leva-nos
O calor, do Verão,
e traz-nos o ameno
Outono.
E procura, o frio
do Inverno.
Redigido por: Maria José Marques
Carta a um Amigo Ausente
Trago comigo o navio
Com que passeio no rio
Entre as margens que encontrar
Saberás qaunto me diz
Ondulação que me quis
À beira do verde mar.
Apercebi-me de que é possível ser feliz. Compreendo que a felicidade é verdadeira. Mas porque não há? Para onde foi?
A morte e a vida são o mesmo rumo da mesma viagem. A vida enamora-se, pode ser calma ou apaixonada, oferece flores, dá e pede um olhar. A morte é o silêncio de todos os afectos, o repouso e o movimento invisível. E ambas, sob a mesma estrela, conhecem-se profundamente naquele veludo de confidências a que pode chamar-se reflexão.
Todos chegamos e todos partimos no ritmo natural dos dias.
Constroi-se a Amizade. Elevadamente, de boa e bela que é, distribui lembranças e relíquias pela solidão. Mas protege os laços da saudade e Amor, da dádiva e da liberdade.
Texto por: Otília Ferreira
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