segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fim do dia

Não me digam nada. Ao escurecer, as palavras emergem dos longos silêncios. Ficam suspensas de uma ausência de luz. No entanto, pacificam como o afago da saudade. Fulgem, ainda mais reais que nos instantes em que as disseram. Trazem o timbre do coração, maior do que eu, para nele caber toda a dor.

Muda, imóvel, assisto ao seu passo lento ou à sua galopada.

Visitam sempre. Não digam nada!


Por Otília Ferreira

UM DOMINGO



Um domingo bem passado, uma ida até à praia observar o mar, as ondas a bater, crinaças a brincar na areia, a construir castelos e a jogar à bola.

Recordei o meu filhote quando era mais pequeno bricando à beira mar, querendo saltar as ondas e a jogar à bola. As saudades desse tempo são imensas e o desejo de repetir estas vontades também.

Talvez noutro belo domingo à beira mar.


Por Maria José Almeida

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Recomendo Exposição Unir a Língua Portuguesa às Artes Plásticas na Vila Alda



Está patente até dia 29 de Janeiro uma exposição de trabalhos artísticos do agrupamento de escolas D.Fernando II que engloba jardim de infância, 1º.ciclo e 2º.ciclo.
Sobre o tema Unir a Língua Portuguesa às Artes Plásticas, os alunos foram desafiados a criar trabalhos inspirados em textos, frases, poemas ou histórias portuguesas originais ou não de espírito natalicio e de escolha livre.


Uma agradável surpresa a capacidade criativa deste agrupamento.
Vale a pena visitar esta exposiçcão e inspirar-se.




Por Maria José Almeida e Soraia Santos

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nas malhas da Ocultação





Parece-me que são todas as que 'o império não teceu'.
A falar com quem não vejo um quase nada me detém - espera breve, atropelada pela expressão impensada; voo sem rede e fingimento como defesa.
A ouvir sou atenta - admiro ou replico, aprendo e sonho, exerco a crítica com as asas despertadas.
Restam-me os sonhos desfeitos, os sonhos imperfeitos, os sonhos enlaçados e completos que agradecem á vida um tão-só existir.
Insónia, angústia e rendição. No silêncio, insiste porém o apelo bem audível, no timbre que o traz da mais profunda e entrecortada liberdade.

Por Otília Ferreira

Infância




Fui criança e não tive iphone, computador, wii, game boy, telemóvel, playstation3, ipad,ect...
Brincava à apanhada, às escondidas, à sirumba, ao elástico, às caricas, ao berlinde,
à macaca, à cabra cega e tantas outras brincadeiras e só ia para casa quando escurecia.
A minha Mãe não me ligava para o telemóvel, só gritava da janela:"Para casa já! Achas que já não chega! Não volto a chamar-te!"Etc...
Tomava banho com sabonete, e não com gel duche nem shampoos especiais! Não ia ao Mc nem comia pizza e olho para trás com a saudade e com a certeza que tive a melhor de todas as Infâncias e não a trocaria por nada! :)
A Infância é algo de muito importante na vida de uma criança assim como a sua Educação, apesar de hoje em dia ela muitas vezes ser passada para 2º plano na vida de uma Família.
Olho para trás e agradeço aos meus Pais pela maravilhosa Infância que me propocionaram assim como a Educação que me deram e os valores que me transmitiram.
Só ganhava prendas nos anos, na passagem do ano lectivo e no natal e nem por isso não fui Feliz e hoje infelizmente a maior parte das crianças não sabem o significado de uma prenda pois para muitas todos os meses é Natal.
O simples facto de os meus Pais deixarem ir para a rua brincar com os meus amiguinhos era dos melhores momentos que podiam proporcionar e hoje recordo com saudades esse tempo.
Recordo também com saudades a rua onde nasci e cresci pois era tudo muito mais simples,pois olho para a rua onde moro e ganho a consciência que é impossível os meus filhos poderem brincar nela e terem constantemente o que tive,contudo isso não significa que não lhes possa dar-lhes um pouco daquilo que tive e a melhor maneira de o fazer é levá-los ao parque para correrem,jogarem á bola,andarem de baloiço de escorrega,jogarem apanhada,ect...
Apesar de nem sempre ser possível de o fazer e que nem todos fazem-no pois a vida é demasiado complicada e nem sempre os Pais tem disponiblidade para tal,e no fim muitas vezes as crianças acabam por ficarem trancadas em casa em frente a uma televisão ou a um computador a jogarem um jogo ou a verem filmes de empreitada!
EU NASCI,CRESCI SEM TECNOLOGIA NENHUMA A ACOMPANHAR-ME E FUI UMA CRIANÇA EXTEMAMENTE FELIZ E TENHO PENA QUE HOJE NADA SEJA COMO DANTES!

Por Susana Dias

Recomendo o livro "A Fórmula de Deus"


"A Fórmula de Deus", é um romance de José Rodrigues dos Santos, que tem início nas escadarias do museu Egipcio, Tomás Noronha professor de História na Universidade Nova de Lisboa e criptanalistao é abordado por Ariana Pakravan uma Iraniana que traz consigo um velho manuscrito com estranho título e um poema enigmático. O encontro com Ariana leva Tomás a uma aventura colocando-o na rota de uma crise nuclear com Irão e da importante descoberta de Einstein. Contratado para decifrar um manuscrito de Einstein só agora descoberto, Tomás Noronha, envolve-se num jogo duplo entre o Ministério da Ciência Iraniano e a CIA procurando desvendar a prova científica da existência de Deus, descoberta por Einstein, embora o Irão e os EUA julguem que o documento do cientista expõe a fórmula para fabricar facilmente uma bomba nuclear.
Este género de livros preenche o meu estilo de leitura com enredos e histórias entre as personagens.

Por Maria José Almeida

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Recomendado

Fui há uns dias ver o último filme de Roman Polanski, O Deus da Carnificina, com Kate Winslet, Christoph Waltz, Jodie Foster e John C. Reilly.
Estava interessado em ver o filme por razões várias - pelo realizador, que é um velho mestre que fez alguns dos maiores filmes da História; pelos actores, que são dos melhores da actualidade; e pelo tipo de filme em si, quatro pessoas confinadas a um espaço físico, em que as máscaras de cordialidade e de boa educação começam a cair, o que me pareceu logo ser uma experiência bem intensa.

O Deus da Carnificina é brilhante na gestão do espaço, na direcção de actores e na abordagem ao angst que está inerente às sociedades actuais, em que tanta coisa fica por dizer, atravessado na garganta, e depois as pessoas acabam por deitar cá fora noutro contexto, e da pior forma possível.

Antigamente, quando alguma coisa corria mal num casal, a violência era muito física (sendo regra geral as mulheres as vítimas, infelizmente). Hoje em dia, humilham-se mutuamente após uns copos, o que não quer dizer que tenhamos propriamente evoluído.

Ricardo Martins

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Em 2012


Falemos dos desejos habituais como espero que haja menos desempregados e que a crise Portuguesa diminua!
Por mim gostaria de voltar a estudar! E gostaria que viessem mais pessoas participar no Blog pois é muito divertido participar, dar opiniões e aprender algo mais.

Bom Ano novo para todos os seguidores e participantes do Blog.

Por Soraia Santos

O outro lado do desempregados


Gostaria de abordar o outro lado do desemprego. Todos nós sabemos que é muito complicado ficar numa situação de desemprego, com diversas implicações pessoais e sociais. Contudo, hoje vou falar do outro lado dos desempregados ou melhor dizendo, o lado de quem convive de perto e diariamente com eles. Os desempregados conseguem ser muito "chatos" após terem sido despedidos.
Conheço algumas pessoas que, actualmente, estão desempregadas, amigos da família que com frequência vão a minha casa, ou melhor, estão lá em casa todos os dias. A conversa é sempre a mesma...falam sobre as tentativas de arranjar trabalho, pedem uns aos outros para arranjarem trabalho e falam sobre as férias! Incomoda-me o facto de falarem sempre sobre o mesmo, constatemente, é a repetição das mesmas frases e das mesmas queixas.Fico cansada de os ouvir. mesmo estando desempregado pode falar-se de outras coisas.

Por Soraia Santos

Afecto

Pai, conduz-me outra vez pela noite dos sonhos aflitos. A minha mão, na tua mão experiente, pede-te o norte dos rumos no escuro. E não entrevi o percurso de tão sábio e meigo que foi o teu aviso. Contaste-me o que o medo me contara, mas em palavras ritmadas, profundas, das que aliviam e acendem as mais valiosas memórias.
Pai, com o tu eu prezo a Amizade! Cheguei da turnura do dia calmo, partilhado, que nenhum esquecimento levará. Sei do meu lugar na vida, sem ressentimento, como gostaria também. Hei-de caminhar na tua senda, sem querer afligir-te, sem muitas negligências.
Pai, amo a memória que de ti deixas-te, amo a tua integridade e a tua rebeldia.

Tu, podias ser livre!
Pai, descansa em Paz!


Por Otília Ferreira

A Palavra

Use a palavra a todo o instante de todas as maneiras.
A sua força é imensurável e ultrapassa montanhas e atravessa rios e oceanos tornando-se intemporável.


Se me falares de saudade entenderei, mas se escreveres sobre ela eu sentirei junto contigo.




Por Maria José Almeida